domingo, 11 de setembro de 2011

O tempo

Por Fábio Freire.

O ser humano acorda com o solzão lindo lá fora mostrando o quão maravilhoso será o dia que se inicia.  Momento perfeito para apreciar as delícias da natureza ou mesmo para descansar. No entanto, a realidade mostra um monte de afazeres domésticos a serem realizados. É necessário fazer, caso contrário vai-se morar embebido na sujeira e no famoso marchar dos insetos... Não que seja tedioso enfrentar os afazeres domésticos, mas que dá trabalho dá. E, para realizar tais tarefas será preciso sair da tão confortável inércia... E sair da inérica incomoda.


Parodiando a famosa música do Luis Melodia, Juventude Transviada, para a situação supracitada: Lavar louça todo dia, varrer a casa, limpar o banheiro, fazer o almoço e o jantar, que agonia, que agonia... Se eu tivesse uma Lava-louças e uma lava-roupas Brastemp, além de uma faxineira eficiente eu teria mais tempo para…


Nas épocas atuais é notório que a correria do dia-a-dia vem consumindo cada vez mais o tempo das pessoas de modo a sufocá-las com tantos trabalhos. Isso se repete diariamente. As falácias são comuns, entre outras coisas, as reclamações e as melancolias: não dá tempo; não tenho tempo para diversão, não dá tempo pra realizar o que gosto, para praticar atividade física, para ir ao cinema, dançar, viajar... O tempo isso, o tempo aquilo, o tempo aquilo outro.


Há cerca de 400 anos se vem adotando que tempo é dinheiro, sendo que o tempo é visto como algo necessário para ganhar a vida e instituiu-se um modo de vida moldado na troca do tempo dedicado ao emprego ou à realização de algo por dinheiro. Uma alienação pelo dinheiro onde tempo, trabalho e dinheiro se confundem sendo que o último é o mais importante. Não importa o tempo, nem o trabalho e, nem a saúde, o que importa é ter dinheiro.


Entendo que Tempo, dinheiro e trabalho são conceitos distintos. Tempo é vida, dinheiro é reserva de valor ou meio de troca e o trabalho é esforço para gerar valor. As ações se dão no tempo, mas não pode ser remuneradas em dinheiro porque sua maior recompensa é o próprio valor que geram. Alienação do trabalho é pensar que sua finalidade é destinada apenas à remuneração do esforço, e não à geração de valor. A utilidade social da pessoa é seu maior valor e o dinheiro é uma expressão deste valor acumulado, um reconhecimento. Vejo que a expressão "Tempo é dinheiro" é melhor valorizada quando mostra a importância do tempo nas nossas vidas.


A criança é ensinada a deixar de brincar para ir a escola aprender uma profissão para depois que conseguir um emprego digno, ganhar dinheiro e com ele poder, enfim, brincar... Somos ensinados a dar mais valor ao que recebemos do que ao tempo que dedicamos a executar tais ações.


Grande engano é pensar que o tempo é uma coisa, algo que se possa ter ou que falte... Viver é fazer escolhas e, portanto, administrar o tempo é eleger prioridades. Escolher algo implica abrir mão de outras opções. Se esta escolha for consciente e responsável, o valor de tudo aquilo de que se abre mão se transfere para aquilo que se escolheu fazer. É um ato de potência, de transferência de valor. Errado é fazer algo lamentando o que se deixa de fazer.


Sobrecarregar o tempo é erradamente visto como necessidade para aumentar o lucro no final do mês e, assim possuir mais dinheiro. Por isso, essa enxurrada de tarefas que por sinal estão acarretando cada vez mais doenças psicológicas nas pessoas e, consequentemente pesando o organismo. Como diria a música do Zezé de Camargo: Quando a cabeça não pensa o corpo paga o pecado.


Concordo com Dalai Lama quando ele fala: .... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.


Tempo não é dinheiro - conseguir dinheiro é que é uma questão de tempo. Tempo é vida. E o valor da vida não tem preço!


Porém para algumas pessoas o tempo parece não existir, afinal nunca o tem na vida. Costumes, organização burocrática, relatórios, fechamentos de caixa, cronogramas a serem cumpridos, horários determinados, reuniões e tantas atividades pelas quais somos cobrados são os direcionadores dos nossos momentos. Às vezes não se têm tempo nem para fazer as necessidades básicas.


Quando nos referimos ao tempo, tudo é pouco. Vinte e quatro horas: é pouco. Uma semana: é pouco; um ano: pouco. Tudo passa tão rápido. Os nossos filhos estão crescendo e nós ficando velhos. Nossos velhos morrendo, apesar de que hoje em dia se vive bem mais do que antigamente. Posso até trocar a frase dizendo que nossos velhos estão ficando mais velhos.


No momento de expansão tecnológica para alcançar o sucesso das nossas atividades em sua plenitude é preciso a perfeita administração do tempo. As empresas sempre buscam aperfeiçoar o máximo de valores possíveis em prol da produção, sendo assim faz-se o tempo trabalhar a favor de determinados fins, diminuindo, para tanto, o tempo ocioso e potencializando a produção dos bens e serviços.


Conversa vai e conversa vem, surge uma problemática interessante a ser debatida – o tempo que se define em dois termos gregos: o cronos e o kairos. Mas, o que é isso mesmo?


O cronos é o tempo medido pelo relógio, calendário, rotina. É o tempo determinado dentro de um limite. Tem a ver com os horários, atrasos, atividades, ou seja, um tempo que é regido pela lógica da produtividade. No sentido quantitativo do tempo. É o tempo linear, sequencial, que deu origem a palavra cronológico. É o tempo que anda para frente e não para, é descrito nas horas, dias, meses e anos. Este é o que nos “engole”, que estamos sempre lutando, correndo, onde 24 horas às vezes é pouco.


Já o kairos significa o momento certo, oportuno, momento indeterminado que acontece algo especial, ele flui de forma circular, vai e volta, nos permite caminhar para dentro e voltar, tempo da objetividade, está ligado a qualidade como é vivido, é considerado um tempo “divino”, que nos faz bem. Entre outras coisas considera-se como tempo kairos, a Arte terapêutica, assim como a yoga, a meditação e até namorar. É como se estivéssemos parados em um momento específico mesmo com o tempo implacável passando, mas naquele momento não percebemos.


Enquanto cronos quantifica, kairos qualifica. Kairós significa momento, tempo que não passa, tempo de Deus.


Lendo um artigo sobre o cronos e o kairos as aplicações na nossa vida me chamou atenção, funciona assim:


  • Fila de banco: cronos
  • Cerveja (sem álcool) com os amigos: kairós
  • Transito engarrafado: cronos
  • Soneca depois do almoço: kairós
  • Espera pra pegar remédio: cronos
  • Espera para o pôr do sol: kairós
  • É o tempo que não passa, é o momento que vence o tempo.
  • Estamos sempre vencidos pelo cronos, mas vez ou outra nos deixamos embriagar pelo kairós.
  • O tempo cronos é impaciente na sua paciência cotidiana de nos levar para o fim dessa estrada.
  • O tempo kairós é paciente na sua delicadeza de nos convidar para uma viagem tranquila, sem pressa.

O tempo cronos estamos controlando o tempo inteiro. Porém, nem sempre o tempo kairos está determinado no planejamento. Quantas vezes planejamos, planejamos e replanejamos e no momento da execução dá tudo diferente. Onde fazemos de tudo para que aconteça da forma que sonhamos, mas parece que não era pra ser. Mesmo ao cronometrar e metodicamente preparar cada detalhe de forma organizada, porém nem sempre ocorre como imaginamos. É neste momento que é preciso respirar fundo e seguir a frase do Zeca Pagodinho: “deixe a vida me levar, vida leva eu”. E acreditar que “o que tiver que ser, será”. Nesse momento percebemos que organizar o tempo todo, nem sempre dá certo. O famoso acaso que a ciência até agora não conseguir explicar definitivamente.


Por isso aproveite o kairos mesmo quando estiver preso ao cronos. Porque a vida passa e o que fica são os momentos. O relógio pode marcar as batidas do tempo, mas o coração é quem determina as batidas das nossas ações.


Usando a famosa ideia do tempo de William Shakespeare : “O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que tem medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam, mas, para os que amam, o tempo é eterno”. Ideia de relatividade do tempo, uma vez que segundo Albert Einstein: “A única coisa absoluta existente no universo é a relatividade”. Sendo assim, o tempo também é relativo. O fato é que queremos, podemos e devemos aproveitar a maravilhosa vida que temos. O momento certo é agora e o lugar ideal é aqui. Viva o presente! Você merece ser feliz: construir família, dançar, praticar esportes, namorar...



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Veja as dicas incríveis da Sueli para cozinha e lavanderia.

Christina Rocha e as dicas de Sueli (Foto: Divulgação/Rodrigo Belentani/SBT)

Neste domingo, 04 de setembro, Christina Rocha recebeu Sueli que nos deu dicas únicas para cozinha e lavanderia.

Cozinha

• Para devolver a crocância ao salgadinho cujo pacote estava aberto, coloque-o em um recipiente e leve-o por 30 segundos no micro-ondas em potência alta.
• Caso queira mudar o sabor do salgadinho basta pincelar com azeite e o aroma escolhido (páprica, curry, ervas secas aromáticas).
• Elimine as manchas de panelas e travessas de inox com uma mistura de bicarbonato e vinagre branco em proporções equivalentes.
• Transporte frutas (mesmo em viagens) usando saquinhos inflados, assim evita-se os amassados.
                                                                                        
Lavanderia

• Retire as manchas de ovo de suas roupas com uma pasta feita com medidas iguais de sal e água.
• Elimine as manchas de gordura do tapete com uma mistura de sal e álcool.
• Em dias de festa, faça um aromatizador com bolinhas de sagu cru, acrescente aproximadamente duas colheres de sopa de álcool de cereais, gotas de essência de sua preferência e anelina, se preferir colorido.
• Evite mofo nas gavetas com vinagre branco e essência de alfazema.
• Para limpar cadeiras plásticas a serem usadas em uma reunião com amigos, use cera automotiva.

 Encontrado em: http://www.sbt.com.br/eliana/noticias

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como a Fênix

Por Fábio Freire.

Há momentos na vida onde a situação parece ser tão pesada que a escuridão domina a visão. Esse estado torna os objetos incolores quase esmaecidos, as formas ficam sem contornos definidos, perdemos o apetite por alimento e pela vida...


Onde não encontramos nada para preencher o vazio. Como um forte imã as lacunas direcionam os pensamentos  para as angústias que corrompem nossa alma. A sensação de impotência e decepção que vem lá de dentro, parecendo habitar no amago da alma. Se fossemos ao médico e ele perguntasse: onde está doendo? Responderíamos com o rosto abatido: “Está doendo bem lá dentro, onde os medicamentos não podem alcançar”.


O estado é de solidão e os nossos olhos veem no infinito o trajeto mais atraente, uma vez que nada parece ter sentido. Passamos pelo complexo baixo astral que nos domina e, consequentemente vem o desânimo.  Provações que precisamos conviver? Como submergir diante de tantos problemas?


Achamo-nos a pior das criaturas. Nossas ações parecem não contribuir em nada, desejamos sair do processo por está cheio de medo e com a visão de está sempre retrocedendo. Estamos machucados e deprimidos. Eu não sou capaz! Cansei de lutar!


Com o julgamento cruel nos crucificamos mensurando falta de talento (patinho feio) e chegamos absurdamente a querer não ter nascido.


Mesmo sendo a máquina mais complexa já criada no universo, chamados seres pensante, enfraquecemos, nos submetendo ao rol de pensamentos ruins que só arrasa nossas estruturas psicológicas. O maior sistema de telecomunicação já visto parece simples, frágil, domável e previsível.


O estado de reflexão é declarável no semblante, o conjunto facial juntamente com os olhos revelam como está por dentro. Rendido aos seus pensamentos navegando na tristeza, no sentimento de incapacidade, na solidão, nas indecisões, na infelicidade...


No entanto, precisamos bater a poeira, observar que não existe situação perfeita e, assim cuidar do renascimento espiritual. Fazer como a Fênix que mesmo sem racionar sabe que é preciso agir assim: a Fênix quando morria (falo aqui de esperanças e perspectivas de vida), passado algum tempo (momento para baixar a poeira e refletir), renascia das próprias cinzas (recomeçar). Outra característica da Fênix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes (garra e coragem para enfrentar a vida). Sendo uma ave de fogo (queimando tudo que é ruim).


Na vida há muito mais que isso, não devemos ficar navegando no universo dos pensamentos ruins, afinal eles são fortes e podem nos consumir.


Devemos olhar para os potenciais que podem ser explorados, sempre há uma razão de ser. Se estamos passando por um momento ruim é porque precisamos aprender e, principalmente modificar a forma para ser melhor lapidado. Um diamante ao ser encontrado na natureza é depreciável. Porém quando se lapida (retirando material em forma de atrito) ele se transforma na brilhante e poderosa pérola que é.


Sendo assim precisamos superar nossas adversidades e olhar para frente. Afinal os retrovisores são menores que o parabrisas pelo o simples fato de servir para referência, não servindo para tanto de guia. A guia é formada pelo parabrisas. Pensando nisso devemos olhar para o passado, para referenciar o presente e, assim construir o nosso futuro.


Nascemos para crescer, ser feliz, ter paz de espirito e, principalmente servir ao próximo. Vivemos em um lugar único e magnífico e temos que aproveitar cada instante que respiramos (Carpe Diem). Claro sem maltratar nem atrapalhar a vida de ninguém. Mas sim, com a visão construtivista. Se não conseguir ajudar de uma forma busque outros fatores para melhorar a sua vida e a do próximo.


Precisamos encher nossos pensamentos de preenchimentos que possam trazer esperanças, derramando no nosso ser o poder de superação e, assim ressuscitando as forças para continuar. Liberte-se das prisões e possíveis obstáculos que venham porventura atrapalhar sua felicidade. Afinal, você nasceu para ser feliz e só depende de você. Não devemos buscar felicidade em coisas, pessoas, empregos, valores externos, mas sim dentro de nós. Devemos entender nossos desejos e objetivos e assim construir da forma que necessitamos... Ser feliz depende de nós.


A cada momento das nossas vidas devemos ser como a Fênix para buscar vida longa; reestruturar a vida superando cada obstáculo que fatalmente surja, entendendo que é preciso superar rapidamente; renascer das próprias cinzas quando as situações indicarem que não dá mais para tentar e; transformar as adversidades em combustíveis para buscar a realização pessoal, profissional e espiritual própria e da sociedade coletiva.


Levante, construa sempre coisas boas, faça amigos por onde passar deixando sempre as portas abertas para possíveis voltas, lute com garra e determinação, não desanime nunca, viver é romper fronteiras e superar obstáculos... “Renasça das cinzas, seja como a Fênix”.

O mistério da marcas


Um logotipo pode dizer muito, mas às vezes precisa de tradução. Conheça o sentido por trás de algumas imagens vendedoras

Por Emiliano Urbim.
Colaborador da matéria: Deivid M. Freitas