terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Por que é impossível fazer cócegas no próprio corpo?


As cócegas são um processo neurológico e físico do corpo humano. Diversas teorias tentam explicar o que são as cócegas e a mais aceita recentemente pelos cientistas é a de que as cócegas são um sistema de autodefesa do corpo. Segundo essa teoria, o cérebro emite um sinal de alarme e o corpo responde rapidamente. Por exemplo, se um inseto peçonhento passar pelo nosso pé, sentiremos os estímulos, isto é, as cócegas, e ficaremos atentos ao perigo. O cientista Charles Darwin afirmava que as cócegas provocam risos através da antecipação do prazer.

 

A maior parte das pessoas tem um ponto do corpo em que sente mais cócegas. Para alguns, é na planta dos pés, para outros é atrás do pescoço e alguns tem bastante sensibilidade na região das costelas. Rir quando alguém nos faz cócegas é um reflexo natural. Cientistas descobriram que a sensação que temos quando nos fazem cócegas é de pânico e é uma espécie de defesa natural.

Essa sensação nos coloca em estado de pânico e desencadeia uma reação de riso incontrolável se uma pessoa estiver nos fazendo cócegas. O momento que você menos espera as cócegas é aquele que vai fazer você se sentir extremamente aflito e em pânico, levando a uma intensa sensação de cócegas. Mesmo que você saiba que alguém vai lhe fazer cócegas, o medo e a aflição fazem com que você ria.

Pesquisadores do Instituto Karolinska de Estocolmo, na Suécia, descobriram que a situação de antecipação das cócegas ativava as mesmas áreas que as cócegas reais. As áreas  que se mostraram mais ativas foram o córtex sensorial primário e secundário, indicando que o cérebro é capaz de prever que tipo de sensação irá surgir.

Embora essa explicação seja possível, as cócegas estão nos comportamentos de animais sociais, como por exemplo, dos macacos, que também fazem cócegas uns nos outros, como uma forma de estreitar as relações entre eles. Geralmente estimulada por um leve roçar da pele, fricção ou pequenas pressões (apertões) em certas partes do corpo, como a barriga, os pés ou as axilas, por exemplo, as cócegas são um meio de se aproximar de maneira mais íntima do outro. Ao receber as cócegas, nosso corpo acaba reagindo com espasmos e riso convulsivo.

Então, se o toque de uma pessoa pode nos dar cócegas, por que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos? Pesquisas mostraram que o cérebro é treinado para saber o que sentir quando a pessoa se move ou realiza uma atividade. Não nos damos conta de muitas das sensações geradas por nossos movimentos. Por exemplo, com certeza você não presta muita atenção nas suas cordas vocais quando está falando. Também não notamos os sapatos roçando nos pés a cada passo, nem a língua mexendo dentro da boca quando falamos. Pelo mesmo motivo é que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos. Se tivermos a intenção de nos fazermos cócegas, nosso cérebro antecipa esse contato e se prepara. Eliminando a sensação de desconforto e pânico, o corpo deixa de responder da mesma forma que responderia se outra pessoa ameaçasse nos fazer cócegas.

 

Especialistas do cérebro da University College of London fizeram um estudo cujos resultados sugeriram que o cerebelo é a parte do cérebro que impede que façamos cócegas em nós mesmos. O cerebelo é a região localizada na base do cérebro e é responsável por controlar nossos movimentos. Ele é capaz de distinguir sensações previsíveis das imprevisíveis. Uma sensação previsível seria a quantidade de pressão que seus dedos aplicam no teclado ao digitar. Uma sensação imprevisível seria alguém aparecer de repente atrás de você e cutucar seu ombro.

 

Encontrado em: http://www.vocesabia.net/ciencia/por-que-e-impossivel-fazer-cocegas-no-proprio-corpo/ 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Radiações do mal

Fontes de energia elétrica e aparelhos elétricos criam campos eletromagnéticos. Pesquisas sugerem que esses campos podem estar associados ao risco maior de certos tipos de câncer e ao mal de Alzheimer. Minimize os riscos:


1 - Reduza o número de aparelhos ligados ao mesmo tempo.
2 - Não se sente perto de aparelhos por longos períodos.
3 - No quarto, remova os aparelhos desnecessários ou tire-os da tomada antes de dormir, principalmente os que têm transformador integrado.
4 - Não durma com a cabeça perto de uma fonte de energia elétrica ou de um aparelho (mantenha o despertador a cerca de um metro de sua cabeça, por exemplo).
5 - Não ponha sua cama junto a uma parede que tenha aparelhos do outro lado.
6 - Escolha um computador com tela de cristal líquido, que emite menos radiação e usa menos energia. (Fonte: Salve o Meio Ambiente – Reader’s Digest)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[Curiosidades] Alfabeto Gestaltiano Millôr Fernandes

Esta composição gestaltiana levou anos, literalmente, para ser feita. Foi melhorando na medida em que o tempo – os anos, Deus meu! – foram passando. Publicada a primeira vez em 1958, na revista O Cruzeiro, foi reescrita para várias publicações. Não se consegue fazer esse tipo de coisa, numa sentada só. Tem que ser um pouco chinês.



O A é uma letra com sótão. Chove sempre um pouco sobre o à craseado. O B é um l que se apaixonou pelo 3. O b minúsculo é uma letra grávida. Ao C só lhe resta uma saída. O Ç cedilha, esse jamais tira a gravata. O D é um berimbau bíblico. O e minúsculo é uma letra esteatopigia (esteatopigia, ensino aos mais atrasadinhos, é uma pessoa que tem certa parte do corpo, que fica atrás e embaixo, muito feia). O E ri-se eternamente das outras letras. O F, com seu chapéu desabado sobre os olhos, é um gangster à espera de oportunidade. O f minúsculo é um poste antigo. A pontinha do G é que lhe dá esse ar desdenhoso. O g minúsculo é uma serpente de faquir. O H é uma letra duplex. A parte de cima é muda. Serve também como escada para as outras letras galgarem sentido. O h minúsculo é um dinossauro. O I maiúsculo guarda, em seu porte de letra, um pouco do número I romano. O i minúsculo é um bilboquê. O J, com seu gancho de pirata, rouba às vezes o lugar do g. O j minúsculo é uma foca brincando com sua bolinha. Vê-se nitidamente; o K é uma letra inacabada. Por enquanto só tem os andaimes. Parece que vão fazer um R. Junto com o k minúsculo o K maiúsculo treina passo-de-ganso. O L maiúsculo parece um l que extraíram com raiz e tudo. Mas o l minúsculo não consegue disfarçar que é um número (1) romano espionando o número arábico. O M maiúsculo é um gráfico de uma firma instável. O m minúsculo é uma cadeia de montanhas. O N é um M perneta. No n minúsculo pode-se jogar críquete com a bolinha do o. O O maiúsculo boceja largamente diante da chatice das outras letras. O o minúsculo é um buraquinho no alfabeto. O p é um d plantando bananeira. Ou o q, vindo de volta. O Q maiúsculo anda sempre com o laço do sapato solto. O q minúsculo é um p se olhando de costas ao espelho. O R ficou assim de tanto praticar halterofilismo. Sente-se que o s é um cifrão fracassado. O S maiúsculo é um cisne orgulhoso. Na balança do T se faz jusTiça. O U é a ferradura do alfabeto, protegendo o galope das idéias. O u minúsculo é um n com as patinhas pro ar. O V é uma ponta de lança. O W são vês siameses. O X é uma encruzilhada. O Y é a taça onde bebem as outras letras. Desapareceu do alfabeto porque se entregou covardemente, de braços pra cima. O Z é o caminho mais curto entre dois bares. O z minúsculo é um s cubista.
Para finalizar o ABC do Millor, nosso blog acrescenta ainda uma contribuição do Luis Fernando Veríssimo:
O ponto é uma vírgula sem rabo.

[Documentário] Iraque à venda – Os Lucros da Guerra – Robert Greenwald

 

A privatização descarada da guerra. “Iraq for Sale” é um documentário impressionante sobre como corporações como a Halliburton, ligada ao vice-presidente norte-americano Dick Cheney, estão lucrando de forma extremamente desonesta com a Guerra do Iraque. A terceirização de serviços péssimamente prestados e superfaturados não inclui apenas atividades acessórias… além de providenciar serviços de alimentação, escritório, lavanderia, transporte, etc, civis estiveram envolvidos nos interrogatórios e torturas dos prisioneiros de Abu Ghraib. O diretor Robert Greenwald, basea-se nas investigações do deputado Henry Waxman, que dirige uma Comissão de Investigação sobre o gasto público no Iraque, e nas declarações de inúmeras testemunhas que se sentiram decepcionadas com a falta de patriotismo das empresas para as quais trabalharam.