domingo, 19 de fevereiro de 2012

Impactos sociais da tecnologia e da informação


Por: Fabio Freire

No princípio, a comunicação era feita de forma oral, sendo a informação passada de boca a boca. Logo depois surgiu a escrita e, consequentemente os correios. A comunicação passou a trafegar por pombos, pessoas, carros, navios ou aviões. Difundindo-se significantemente com a revolução industrial.

O surgimento da eletricidade, o aparecimento do telégrafo, a consolidação da imprensa através de Gutemberg e, consequentemente a disseminação do conhecimento trouxeram a informação maior liberdade e maior veracidade.

O telefone era o responsável pelas comunicações sociais, uma espécie de rede social com canal interpessoal em tempo real. Foi através do telefone que a indústria e o comércio alargaram suas fronteiras.

O rádio e a TV trouxeram informações e entretenimento em forma de som e imagem, além de textos escritos. Para tanto, vieram também à síndrome do mínimo esforço, a centralização da informação e a falta de interatividade.

O computador surgiu juntamente com a segunda guerra mundial, criado para processamentos de dados e decodificações de informações e para cálculos complexos. Na década de 60 surge a internet, através da ARPANET, nas universidades americanas, com objetivo de disseminar o conhecimento científico e acadêmico.

Nos dias atuais, smartphones, tablets, computadores, TVs portáteis, máquinas fotográficas, gps, filmadoras, nets e notebooks são os responsáveis pela expansão da tecnologia. Nossa vida está recheada de novas tecnologias.

Sendo individuais ou combinados, esses aparelhinhos conseguem fazer diversas coisas interessantes, por exemplo, buscar informações através da Internet a qualquer hora e local, conversar com os nossos amigos e colegas de trabalho, desencalhar através das redes socias, encontrar aqueles familiares ou amigos que pensava nunca mais encontrar, sorrir com piadas e animações, passar o tempo com jogos e leituras divertidas, ler livros, ver fotos, fazer compras online (de alimentação até imobiliário), extinção de filas e exposição aos intemperes naturais quando se vai ao comércio. Aberturas para possibilidades de trabalhos (tele trabalho), publicar currículos em várias empresas sem sair de casa, ou mesmo, enviar o trabalho por correio eletrônico.

A tecnologia trouxe praticidade e facilidade de manipulação, interatividade e maior intuitividade. E-mails, comunicadores instantâneo (msn, Skype), sites de relacionamentos (orkut, facebook), blogs educativos ou não, enciclopédias eletrônicas, jogos educativos, vídeos sobre demanda. 

O ciberespaço é um lugar virtual onde as pessoas interagem e tem um tipo de informação descentralizada. O mundo todo está ligado a um aparelho tecnológico que podemos tê-los em mãos. O objetivo da google é ter todos os conhecimentos universais aglomerados numa prateleira e, acessíveis as pessoas que necessitarem de informações

Enfim, são visíveis os benefícios que as tecnologias trazem para a humanidade. A tecnologia colabora com a humanidade na saúde, na comunicação, no esporte, no lazer, entre outros.

Afinal, o desenvolvimento e a pesquisa contribuem para evolução da raça humana. As pessoas continuarão  usufruíndo dos benefícios que as pesquisas trazem no combate as doenças consideradas, hoje, incuráveis e, no auxilio a tratamentos para amenizar dores insuportáveis.

Por outro lado, a tecnologia afeta diretamente no modo de vida das pessoas atingindo diretamente na sociedade, gerando, para tanto, problemas de saúde, educação, grupos e relacionamentos sociais.

Por os sites ficarem cada vez mais populares atraem novos adeptos e consequentemente afetam a vida social das pessoas. Hoje o mundo real é pouco vivido em troca do mundo virtual, uma vez que, em média as pessoas passam até quatorze horas diárias navegando em sites virtuais. Fixa-se o olhar a uma tela de computador e passa-se o dia praticamente todo (isolamento social e expansão de novas patologias). Nesse caso a internet traz problemas para a educação, para a saúde e a para a sociedade.

Sem falar nas agressões cometidas as crianças quando submetidos a sites inapropriados contendo naturezas sexuais e mensagens subliminares. Além das informações que sejam degradantes e ofensivas.

Outro fator é a aceleração do processo mental na criança por ela ser exposta cada vez mais cedo a fatores que não contempla a faixa de aprendizagem. A deterioração da linguagem com as abreviaturas dos chats são problemas vistos quando as crianças são submetidas a testes nas escolas.  

Em trabalhos escolares as informações são encontradas prontas, acessíveis apenas para copiar e colar.

Dentre os problemas de saúde gerados pelo o uso excessivo dos aparelhos tecnológicos podemos citar: LER (lesão por efeito repetitivo), problemas de coluna, problemas visuais e vícios de internet comparados ao álcool e as drogas, síndrome da visão do computador, PIU (Pathological Internet Use).

Trazendo benefícios e malefícios para humanidade o mundo do futuro parece não ter expectativa senão enxurrada de tecnologias, por um lado boas e por outras más.

A vida parece está regada pelas tecnologias ligadas à Internet. Não se faz nem o almoço senão for através da receita retirada da internet. Das coisas mais simples as mais complexas, a internet é a saída... Pudim, torta, lasanha, pizza...

Por exemplo, se alguma vez a Internet falhar como é que vamos conseguir realizar as tarefas domésticas? E como é que vamos a algum lugar sem o uso do GPS? Ficaremos psicóticos por não conversar com aquele amigo que mora longe? E, aquelas pessoas que não tenham acesso à tecnologia pelos mais diversos motivos, são infelizes? São pessoas que não tem informações? Que não se relacionam? As pessoas só são felizes se tiverem usando a tecnologia? Precisamos rever nossos conceitos.

Nestas perspectivas, a tecnologia do futuro não irá ser muito boa, uma vez que, com ela virão agregados diversos problemas.

É bastante perceptível, que a tecnologia tem modelado o nosso universo, pois tem sido fundamental na geração de riquezas, no desenvolvimento da economia e da própria interação social. Porém, perdura o medo e um profundo desconforto. Uma espécie de receio sobre a atuação da tecnologia. O medo que a tecnologia proporcione outros problemas para cada problema que é resolvido. Fica-se a dúvida se os avanços tecnológicos melhorarão realmente nossas vidas, e assim, ceifarão alguns de nossos problemas mais graves, de modo a nos livrar do sofrimento e a garantir o futuro das novas gerações. Ou senão, acrescentará outros problemas irreversíveis. Novas doenças geradas pelo mundo moderno, que atuam diretamente na parte mais complexa do ser humano, o cérebro.

Não obstante, nossa maior confiança não está na tecnologia, mas sim, a esperança na nossa verdadeira origem que é a natureza (Uma espécie de ordem natural da vida através do desenvolvimento de células tronco pela natureza para cura de doenças até então incuráveis). Temos um sentimento que nos enche de esperanças, em um único questionamento mais profundo: quão natural é essa tecnologia?

De fato, se houver uso das tecnologias avançadas de forma regrada e atendendo apenas as necessidades humanas, a nossa vida irá melhorar circunstancialmente, uma vez que, as novas tecnologias além de todos os impactos maléficos que nos assustam, ela também tem benefícios fundamentais a vida. Porém, o que não podemos e não devemos esquecer é aproveitar a vida de forma prazerosa, divertida, interessante e saudável.

Afinal, não existe tecnologia maior que a natureza. A natureza é a nossa fonte de inspiração. Ela é responsável pela produção todos os elementos essenciais a vida (o sol, a água, o calor interno da terra, o oxigênio, os alimentos, os remédios). Já a tecnologia o nosso motor. O tom quente dos materiais naturais que oferece o conforto e a segurança que procuramos. A tecnologia fornece as soluções práticas que exigimos.

À medida que aprendemos a usar essas tecnologias, estamos ajudando a natureza a intervir diretamente na natureza. E, portanto a estória desse século será sobre o choque entre o que a tecnologia oferece e aquilo com o qual nos sentimos confortáveis.







  “A melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo.”
Alan Kay, cientista da computação, em 197


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Senhas compartilhadas, uma boa ideia?

 

Ah, como é gostoso se apaixonar, querer dividir cada instante da sua vida e mostrar que não há segredos entre você e a pessoa amada. Ah, que delícia saber que se pode confiar em alguém ao ponto de não precisar usar máscaras. Feliz mesmo é quem encontra um relacionamento em que tudo isso acontece, não? Não!

Confiar, amar, se entregar... É tudo muito lindo, mas limites precisam existir. Assim como uma planta não vive sem ar, você não vive sem espaço. Você precisa ter espaço para ser você, lembrar do que é estar sozinha, nem que por alguns minutos, saber que algumas pequenas - ou grandes - coisas são suas e de mais ninguém.

Manter a individualidade é o desafio da maior parte dos casais. Ter um tempo para ficar sozinha, mesmo que seja para não fazer nada. Dar uma volta no quarteirão e suspirar só porque o céu está lindo, sem ter ninguém perguntando o motivo. Para ser feliz é preciso respirar.
E aí você luta para ter uns momentos seus e divide a senha do seu e-mail e redes sociais com o gato. Não dá, né? E se você quiser conversar com uma amiga sobre a briga que teve com ele? E se sua amiga quiser te contar um segredo? Ela é sua melhor amiga, não dele, lembre-se. E se sua mãe achar que deve dividir apenas com você algumas das coisas que pensa? Ele poderá ler?

Não ter segredos é como asfixiar o amor. E não são segredos que fariam o outro mudar de ideia em relação a você, mas coisas que não fariam diferença na vida do outro. Coisas que são suas e podem parecer extremamente importantes, mas só pra você.

Conversar com os amigos, dar risada de besteira, trocar fotos de caras gatos com as amigas, ficar sabendo daquela fofoca inacreditável... Guardar textos que você achou lindos, fotos que a fazem derreter - sejam de gatinhos, casais, crianças fofas, imagens de guerra ou de desastre... o que importa é que, por algum motivo, você quis guardar. E tudo isso é só seu, você não precisa dividir.

Manter um pouco do mistério faz bem a você, a ele, ao relacionamento. Mas se você acha que apenas isso não a faria mudar de ideia, vamos para a parte trágica da coisa.

Esse tipo de ideia sempre vem no começo do namoro, quando você ainda não conhece tão bem a pessoa com quem está começando a se envolver e tem apenas seu instinto, totalmente embriagado pela paixão, para confiar. 

Vale mesmo a pena colocar tudo em risco?
Agora você pergunta: "tudo o quê?". Vamos lá, o bonito pode ter uma crise de ciúme e apagar todos os seus amigos das suas redes sociais, por exemplo. E se você acha que eles são seus amigos e vão entender, está muito enganada. Seus amigos de verdade ficarão extremamente magoados com isso, afinal, eles vão estar sempre do seu lado, já o novo amor ainda não se sabe.

Ou então, numa briga, ele pode enviar mensagens no seu Facebook falando coisas horríveis, coisas que você nunca diria, colocar fotos com poses impensáveis dizendo que é você... São tantas as possibilidades de coisas más que alguém pode fazer, que não dá nem pra escrever tudo aqui. 

Essas aí de cima são apenas algumas das coisas que já vi acontecer com amigos e pessoas próximas.
E o pior é de tudo isso é quando você vira um monstro porque tem a senha dele em mãos. Você pode achar que isso não vai acontecer, mas naquele dia em que você acordar insegura, se sentindo um lixo, a primeira coisa que vai fazer é entrar no e-mail dele e procurar. Procurar o que? 

Ninguém sabe, mas você vai encontrar - nem que seja uma troca de mensagens com a mãe dele, com um tom que você não gostou.

Prova de confiança não é dar acesso total a tudo que é seu, prova de confiança é não dar esse acesso. Confiar é fechar os olhos e se deixar guiar, é acreditar no que não se vê. Isso é confiar.

Trocar as senhas é só se permitir ser controlada. E quando uma pessoa se descobre controladora, nem o céu é o limite.