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O que faz você feliz? 
Por: Fábio Freire

Quem não se lembra de uma famosa propaganda que fazia a “simplória” e ao mesmo tempo complexa pergunta: O que faz você feliz? Eis os enunciados mostrados na propaganda: comer morango com a mão, pôr açúcar no abacate, brincar com melão, goiaba, jabuticaba, romã; ou é o gostinho de infância que te faz feliz, cuspir sementes de melancia, falar besteiras, ficar sem fazer nada, plantar bananeira ou comer banana amassada. Afinal o que faz você feliz?

A problemática continua. Acordar diariamente e ver que ainda participa da existência do universo, observar o nascer e o pôr do sol em uma praia deserta, ver a lua cheia, uma estrela candente e sentir-se privilegiado por observar o fenômeno (fazer um pedido). Passear de bicicleta com a pessoa que mais ama. Andar descalço ao amanhecer na rua, ou praça preferida, só você, o vento e as casas. Ou mesmo, andar tarde da noite pela cidade onde todos dormem e sentir-se que a cidade é inteira sua. O que te faz feliz?

Um doce que está louquinho para comer, arroz com feijão, café com leite, pão e manteiga, comer rapadura com farinha e depois matar a sede, uma música que te faz pensar, um beijo na chuva que você sempre esperou, um abraço apertado de um amigo que há tempos não o via, uma barra de chocolate, uma paixão avassaladora, um livro que tanto sonhava ler, dormir cedo e acordar tarde, matar a saudade das pessoas que te amam, um aumento de salário que você merecia, mas apareceu no momento que você mais precisava, o carro e a casa que sonhava, dormir de rede, ler argumentos que pensa igual, viver um romance de novela. O que te faz feliz?

Ficar sem fazer nada, morder um lápis enquanto escreve no seu diário, uma declaração “eu te amo” no celular ou na cadeira do colégio, uma boa conversa que não sai da cabeça, um cafuné, rir do nada, um pássaro branco te seguindo, uma borboleta que não sai da sua visão, estar em um parque com amigos e familiares, um chafariz com água gelada e límpida, um choro de alegria por ter passado no vestibular ou outro obstáculo vencido, uma pausa para pensar, sentir o vento ao amanhecer, plantar árvores e vê-las crescer, ter um filho, esquecer o tempo, olhar o céu, aquela pessoa amada. O que te faz feliz?

Dar um abraço e um beijo na sua mãe, superar um desafio que agonia seus pensamentos e movimentos que, por ser tão grande, você não tem estruturas para suportar. Ver o sorriso dos seus familiares, dar presentes, receber, fazer amor com vontade e saber que seu parceiro sentiu a mesma sensação que você. Dizer obrigado meu Deus por tudo que conquistou... 

Ser feliz é um estado de êxtase, potencializa os sistemas imunológico, endócrino e nervoso. Sendo assim, fortalecer a mente (treinar) é o melhor remédio.

Estudar, aprender algo útil, se sentir um ser produtivo, fazer algo bom por alguém sem ter como objetivo ser retribuído, se libertar dos ferimentos que as pessoas, as coisas ou a vida proporcionaram. Ser uma pessoa agradável, fazer e ser o que se tem de melhor dentro do si, falar baixo, não criticar os políticos ou o país, ser cortês, esquecer-se dos defeitos das pessoas, cuidar do seu corpo como o instrumento mais incrível que você tem.

Livrar-se da pressão e da insegurança, considerada as pestes do novo milênio, ver que a decepção é o preço que se paga por amar e, assim ver que é privilegiado por ter amado tanto, observar que as dificuldades fazem parte do processo vital e existem para valorizar as conquistas, desafiar cada obstáculo que apareça, andar empurrando quem está desanimado e sem coragem e, assim melhorando a vida de quem não está bem com a vida. O que te faz feliz?
  
Ser feliz é decidir sorrir, não importa o quanto sofra por dentro, sendo assim e, principalmente agora, deixarei a mim mesmo ser feliz, observar o que é lindo, amar e confiar que aqueles que amo também me amam.

Buscarei coisas que me deixam feliz: assistirei a um filme, estudarei, construirei conhecimentos, ajudarei o próximo, darei carinho, enviarei mensagens, ouvirei músicas românticas... Estarei no meu cantinho... I am because we are.


DUAS BOLAS, POR FAVOR.
Por: Danuza Leão

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes à gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons. Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de “fácil”).
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta. Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos. Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo. Um dia... Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate... Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

MEDO E O SUBCONSCIENTE...
Por: Fábio Freire
Para algumas situações o medo atua como uma sensação que neutraliza o corpo. Para outras o medo simplesmente potencializa a agir com mais velocidade de forma a fugir de uma situação de perigo ou ameaça física e/ou psicológica. Quem nunca passou por um ou vários momentos de medo na vida?
Quando menciono que “o medo de arriscar faz o ser humano deixar de ganhar” denota que o medo paralisa. Parafraseando o senso comum, o medo age de forma a retardar o crescimento, bloqueia em alguns casos os sonhos das pessoas. Aprisiona em um mundo de incertezas. Deprecia a forma de viver do ser humano. O medo no seu estado máximo gera pavor, no seu estágio mínimo a ansiedade. O medo é um sentimento que acende um estado de alerta. Os olhos se alargam. É um momento que todas as células se agitam. O medo está dentro das emoções do ser humano.
Segundo os especialistas o medo pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Além de provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico. A ciência define o medo como uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir. Baseado nesse contexto é visível que até os mais corajosos seres humanos sentem medo.
O medo pode evadir o corpo do ser humano em forma de proteção. É complicado para o nosso organismo enfrentar as novidades, uma vez que nesse estágio aparecem às incertezas, as perplexidades e, consequentemente as entorpecentes dúvidas. Temos medo de fracassar, de não superar as expectativas. É mais fácil ficar estacionado que movimentar-se e arriscar. A famosa inércia ou estado parasita.
Agora é fato que sentimos medo de intensidades diferentes, conforme a situação aconteça, porém não deixa de ser medo. É também perceptível que o medo gera baixa estima, falta de capacidade, ausência de ousadia, turbulência, e pode gerar  doença (a fobia) fazendo o indivíduo temer antecipadamente.
O medo normal passa a ser construtivo (proteção) e o medo anormal torna-se doloroso e destrutível. Derrotar o medo anormal é ser campeão em uma batalha árdua contra o subconsciente. É fazer mudar as dependências e construir os desejos direcionados pelo coração. “Ser feliz é fazer o que gosta”. Potencializar ao máximo os desejos é colocar contra o medo o seu oposto mais forte. Enfrentar as amarras passa a ser a receita prática para superar o medo. Aprender a rir dos temores é o melhor remédio.
Um abraço! Lute sempre.
Saudade...
 Por: Fábio Freire

Podemos usar frases para representar a saudade como: “... saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida...”, ou mesmo, “saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos”, ou ainda, “saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já...”
Pessoas dizem que saudade é um sentimento destrutível, segundo elas a saudade traz consigo o vazio, a sensação da perda e da dor. Junto com a saudade vem à solidão, o desespero, o sentimento de incapacidade. Fica-se paralisado meio atônito.
No dicionário, o significado de saudade se reversa dependendo do contexto. No Aurélio encontra-se a definição para saudade – s. f. – “lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; pesar, pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia...”.
Citando uma definição mais apurada para saudade: [i] “sentimento mais ou menos melancólico de ausência, ligado pela memória às situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável"; ou "Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoa ou coisa distante ou extinta. Pesar pela ausência de alguém que nos é querido".
Todos nós sentimos saudade de algo ou alguém que fora presente na vida. Algo que ficara arraigado na alma e não sai.
Podem-se sentir saudade: de alguém falecido; da infância e/ou juventude, de alguém que amamos, e está longe ou ausente; de um amigo querido; de alguém ou algo que não vemos há imenso tempo; de alguém que não conversamos há muito tempo; de lugares, de comida, de situações ou de um grande amor.
Usa-se sempre a expressão “matar a saudade” para expressar a ausência (mesmo que instantânea) da saudade. Um preenchimento momentâneo.
Enfim, não é preciso definição para sentir saudade. É um sentimento que simplesmente aparece. Não importa a etnia, a classe social, o nível de escolaridade... Não importa a profissão: ator, cantor, jogador, cientista, médico, secretária, professor... A saudade atinge qualquer um. E o pior que é forte. E dói muito. Ela aparece e faz regredir. Dá uma vontade de reviver de novo. Mobiliza a gente realmente. Saudade é uma só. Ela pode ter vários contextos para defini-las na intensidade. Mas a forma que ela aparece não se explica.
Agora, é notório que o ser humano se entrega a saudade sempre vivendo o momento anterior como se fosse o hoje. É um vazio que domina. Às vezes aparece até um sorriso no canto da boca por reviver o fato relembrado. Mas o doloroso é relembrar e não poder viver novamente.
[ii]Saudade não tem cor, mas pode ter cheiro. Não podemos ver nem tocar, mas sabemos o quanto é grande. Pode ser o sentimento que alimenta um relacionamento amoroso ou apenas o que sobra dele. Pode ser uma ausência suave ou um tipo de solidão. Pode ser uma recordação daquele momento e daquela pessoa, que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever. É a dor de quem encontrou e nunca mais encontrará. De quem sentiu e nunca mais voltará a sentir. A saudade se combina com outros sentimentos e procria-se. A soma da saudade com a solidão é igual à dor. O resultado da saudade com a esperança é a motivação.
Saudade do que nunca vai voltar... Ao relatar que está com saudade o ser humano relembra o privilégio de conhecer pessoas e viver situações que foram boas, e serão eternas na vida. Alimentar a saudade é elevar o espírito e motivar a existência.


[i] http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/saudade.htm
[ii] http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/saudade.htm

O propósito da Vida...
Por: Fábio Freire
Às vezes tenho a impressão que uma grande quantidade de pessoas passam pela vida sem jamais fazer determinados questionamentos. Vivem um dia atrás do outro, moldando suas vidas em expectativas e padrões sociais, inseridas num contexto altamente influenciado pela mídia, pelo consumismo e pelas circunstâncias a que estão acostumados. Qual o propósito de nossas vidas? De onde viemos? Para onde vamos?
Perguntas como essas passam desapercebidas, mas muitas vezes nos perturbam diante dos fatos que às vezes acontecem de surpresa. Fatos esses que muitas vezes julgamos não merecer. Obra do acaso? Algo guiado por Deus? Por que isso aconteceu comigo? É preciso entender o propósito das nossas vidas.
Para um cristão, o propósito de Deus está relacionado à filosofia de vida, o modo como agir: “as ocasiões são temporárias, mas o desígnio de Deus é permanente, seja perfeito em toda boa obra, entregue o coração para ser moldado em amor, seja justo em toda circunstância, tenha em sua vida a qualidade da honestidade, seja determinado em ser íntegro, pois todo ato sincero é agradável, seja fiel em todo momento, entregue o caráter para ser limpo em justiça, seja exato em todo tempo, tenha em sua existência o dom da dignidade, seja decidido em ser sereno, pois toda ação verdadeira é essencial, uma vez que, os acontecimentos são passageiros, mas o projeto de Deus é eterno”...
Entendendo o conceito de Fé, ou não, é consenso que o ser superior está sempre presente nas nossas vidas. O que seria do Homem se não houvesse a crença? Até os ateus que julgam não ter Fé, precisam dela para balizar as loucuras e aberrações que pregam.
É notório também, que todo ser humano que renuncia as coisas desse mundo para ter uma vida íntegra, passa por muitas circunstâncias. Passa a ser visto como tolo, que não aproveita as situações. Virou prática de vida levar vantagem. Um jeitinho brasileiro de agir. A essência do povo brasileiro não está na visão deturpada que estão pregando. Precisa-se de homens tementes a Deus. Pessoas que sejam mais altruístas e amem as pessoas como o segundo mandamento nos ensina.
O mundo dá voltas, hoje estamos por cima e, amanhã estaremos por baixo. É a ordem natural da vida. Existem momentos de grandes alegrias, onde está tudo bem, mas há também os momentos difíceis, onde não entendemos o porquê de algumas situações em nossas vidas, onde ficamos angustiados. Não temos controle. A explicação mais plausível é que simplesmente acontecem.
O fato fica mais confuso quando pessoas boas sofrem conseqüências, que somente pessoas “cruéis” mereceriam sofrer. Como diria nosso amigo Barbosa, professor de Automação e Robótica, “Deus tem um propósito para as pessoas independentes dos aconteçimentos”. A fala do professor corrobora com o que a bíblia relata em Genesis 39, “Mesmo em meio à prova devemos permanecer fiéis ao Senhor e resistir às astutas ciladas do inimigo”.
Que inimigos são esses? Sempre impedindo a realização dos nossos sonhos. O fato é que o universo conspira contra o ser humano. Lei da reação? Segundo o físico Isaac Newton, para ter reação é preciso ter ação, uma vez que, toda ação gera uma reação, terceira Lei de Newton.
É evidente que para determinadas reações acontecerem é preciso à ação preexistir. Se não contribuímos para os fatos acontecerem, quem é o responsável por causar a ação? A resposta pode está dentro de nós.
Agora, uma coisa é certa, os inimigos sempre existirão, materiais, espirituais e/ou físicos. Seja como for, precisamos sempre vencer alguém. Então nada mais inteligente que pedir ajuda ao ser superior que criou todas as coisas, uma vez que, Ele nunca nos abandonará. Está ao lado Dele, não porque ele tem poder, mas sim porque Ele nos amou primeiro. E, pode ter certeza que em todas as situações o poder de Deus estará embutido nas nossas vidas.

Preservação do ambiente

Por: Fábio Freire
Os desafios enfrentados para melhoria da vida do ser humano são enormes. Quando se fala em mudança de atitudes na interação com o patrimônio básico para a vida humana - o meio ambiente -, o problema fica mais complexo. A pessoa pode ter o grau de instrução elevado, no entanto ainda joga lixo na rua, pesca peixes-fêmeas prontas para reproduzir, coloca fogo no mato indiscriminadamente, ou realiza outro tipo de ação danosa, seja por não perceber a extensão dessas ações ou por não se sentir responsável pelo mundo em que vive.
Como é possível, dentro das condições concretas da informação, contribuir para que os jovens, adolescentes e adultos percebam e entendam as consequências ambientais de suas ações nos locais onde trabalham, moram, enfim, onde vivem?
Para garantir o futuro da humanidade, a solução dos problemas ambientais vem se tornando cada vez mais urgente. O objetivo citado depende da relação que se estabelece entre sociedade/natureza, tanto na dimensão coletiva quanto na individual.
Os problemas se agravam, uma vez que, nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, alicerçado na industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, a mecanização da agricultura, o uso intenso de agrotóxicos e a concentração populacional nas cidades.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), a exploração dos recursos naturais se intensificou muito e adquiriu outras características, a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de novas tecnologias, associadas a um processo de formação de um mercado mundial que transforma desde a matéria-prima até os mais sofisticados produtos em demandas Mundiais.
Recursos não-renováveis, como o petróleo, ameaçam escassear. De onde se retirava uma árvore, agora se retiram centenas. Onde moravam algumas famílias, consumindo escassa quantidade de água e produzindo poucos detritos, agora moram milhões de famílias, exigindo a manutenção de imensos mananciais e gerando milhares de toneladas de lixo por dia.
 O ser humano produz cada vez mais lixo e não se responsabiliza por uma adequada condução. A limpeza do lixo urbano é importante não só do ponto de vista sanitário, mas também econômico-financeiro, social, estético e de bem-estar.
Um estudo conveniado da Organização Pan-Americana de Saúde, de 1990, que estimou em mais de oitenta mil toneladas a quantidade de resíduos sólidos gerados diariamente nas cidades brasileiras, constatou que apenas a metade era coletada. A outra metade acabava nas ruas, terrenos baldios, encostas de morros e cursos d'água. Da parte coletada, 34% iam para os lixões (depósitos a céu aberto) e 63% eram despejados pelos próprios serviços de coleta em beiras de rios, áreas alagadas ou manguezais, prática cada vez mais questionada por suas implicações ecológicas. Somente três por cento da parte coletada recebia destinação adequada ou pelo menos controlada.
E o nosso lixo para onde vai? Aterros? Rios? No meio da Rua? Quem é o responsável pela coleta e seletividade do lixo? Estamos contribuindo para a reciclagem do lixo?
A produção de resíduos é inerente à condição humana. Cada pessoa produz cerca de 300 quilos por ano e como um processo inexorável, tornou-se um problema de difícil resposta, que exige a reeducação e comprometimento do cidadão. O que acontece com o lixo depois que é jogado na lixeira? O que se faz com as toneladas de lixo recolhido diariamente?
O lixo coletado pode ser processado, isto é, passar por algum tipo de beneficiamento a fim de reduzir custos de transporte e inconvenientes sanitários e ambientais. As opções de tratamento do lixo urbano, que podem ocorrer de forma associada, são: compactação, que reduz o volume inicial dos resíduos em até um terço, trituração e incineração. Boa opção do ponto de vista sanitário, a incineração, porém, é condenada por acarretar poluição atmosférica.
A disposição final do lixo pode ser feita em aterros sanitários e controlados ou visar à compostagem (aproveitamento do material orgânico para a fabricação de adubo) e a reciclagem. Esses dois últimos processos associados constituem a mais importante forma de recuperação energética. A reciclagem exige uma seleção prévia do material, a fim de aproveitar os resíduos dos quais ainda se pode obter algum benefício, como é o caso do vidro, do papel e de alguns metais.
A maior parte do que jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado. Separando os materiais que podem ser reciclados, a quantidade de lixo a ser coletado é muito menor. Embalagens: ao comprar qualquer produto, não utilize várias embalagens (caixa + sacolinha + embrulho + sacolão + fitinha + etc). Não desperdice! Leva uma sacola de pano. A antiga bolsa de palha também serve.
A solução defendida por muitos especialistas, porém, envolve a redução do volume de lixo produzido. Isso exigiria tanto uma mudança nos padrões de produção e consumo, quanto a implantação de programas de coleta seletiva de lixo. Nesse caso, os diversos materiais recicláveis devem ser separados antes da coleta, com a colaboração da comunidade.
Para os especialistas os países industrializados são os que mais produzem lixo e também os que mais reciclam. O Japão reutiliza 50% de seu lixo sólido e promove, entre outros tipos de reciclagem, o reaproveitamento da água do chuveiro no vaso sanitário. Os Estados Unidos (EUA) recuperam 11% do lixo que produzem e a Europa Ocidental, 30%. A taxa de produção de lixo per capita dos norte-americanos, de 1,5 quilos por dia, é a mais alta do mundo. Equivale ao dobro da de outros países desenvolvidos. Nova York é a cidade que mais produz lixo, uma média diária de 13 mil toneladas. São Paulo produz 12 mil toneladas. Entre os líderes mundiais da reciclagem de latas de alumínio destacam-se Japão (70%), EUA (64%) e Brasil (61%), conforme dados de 1996 da Associação Brasileira de Alumínio.
Cerca de 50% de todo material descartado como lixo pode ser recuperado como matéria-prima, sendo reutilizado na fabricação de um novo produto. Quando pensamos na questão do lixo, o mais difícil de equacionar, e o que vai demandar maior pesquisa, é a destinação. Afinal de que adianta separar se não conhecemos o processo como um todo? Para onde vai o nosso lixo depois que o lixeiro passa? Há alternativas? O que fazer com o lixo separado? As alternativas de destinação atuais são ambientalmente satisfatórias? Como poderia melhorar? O que eu posso fazer? Essas são as perguntas que precedem qualquer iniciativa relativa a lixo. Elas devem ser o fio condutor tanto de um trabalho escolar quanto de uma proposta de logística. Afinal, se queremos participar devemos conhecer a fundo o processo de nossa cidade. Essas perguntas nos instrumentalizam para a mudança com os pés no chão.
A gravidade aumenta quando apenas 5% do lixo urbano produzido são reaproveitados causando assim, as enchentes, entupindo bueiros e diminuindo a vazão de água. É um dos maiores problemas da sociedade moderna. Calcula-se que 30 % do lixo brasileiro fique espalhado pelas ruas nas grandes cidades.
Cabe a conscientização do ser humano que reciclar é preciso. E mais que isso, agir de sobremaneira para aproveitar de maneira ótima o lixo que é produzido pelo ser humano.
A educação ambiental é aquela destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente.  A educação ambiental pode ocorrer dentro das escolas, empresas, universidades, repartições públicas, etc. Esta educação pode ser desenvolvida por órgãos do governo, por entidades ligadas ao meio ambiente e até mesmo por pessoas como nós que lutam pela preservação do Ambiente.
A educação ambiental deve estar presente dentro de todos os níveis educacionais e, principalmente nos meios de comunicação com o objetivo de atingir todas as pessoas e diferentes classes socias a fim de concientizar a população para desenvolver  projetos ambientais e trabalhar com conceitos e conhecimentos voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais. Seja íntegro. Não faça as coisas pela metade. Não preserve apenas o meio ambiente, preserve todo ele. Afinal, a saúde, a felicidade e a própria sobrevivência dos nossos filhos amanhã dependerão das nossas atividades de hoje.
A espécie humana sobreviverá se soubermos ensinar as crianças, os adolescente e os adultos a respeitarem a natureza e a conservar o ambiente: propício à vida. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações. A natureza trabalha em silêncio e não se defende, mas se vinga.

REFERÊNCIAS:
 

Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente. Brasília: 128p.


A sexualidade...

Por: Fabio Freire
 A sexualidade, no ser humano, possui um longo desenvolvimento e tem seu início desde o nascimento. Trata-se de uma organização que vai se estruturando a partir de fases, desde as pré-genitais até a genital propriamente dita, que é atingida com a maturidade.
Diante da juventude do mundo atual e os diferentes procedimentos que os adolescentes usam na sua forma de pensar e agir, a sexualidade torna-se um assunto bastante complexo, uma vez que afeta diretamente o psicológico de cada ser e conseqüentemente na sua forma de proceder.
O assunto está nos lares de cada um. É preciso refletir, debater, conversar, orientar e fazer o tema pertinente na família, na escola, ou mesmo, nas rodas de conversas entre amigos. Como descobrir métodos para orientar nossos adolescentes? Qual a maneira de conversar com os adolescentes sem agredi-los? Como falar com eles sem tornar o assunto cafona e sem sentido?
Bom, primeiramente deve-se entender e definir bem o conceito, uma vez que eles têm respostas e argumentos para todas as situações. Vamos aos conceitos.
Para a sociedade, onde estamos incluso, a sexualidade é algo relacionado ao sexo. Fazer amor. O ato de entrega entre os parceiros. Pois bem, pode até ser esse uma particularidade da sexualidade, mas não se trata da definição geral. Sexualidade não resume a apenas isso. Pensar assim seria minimizar a complexidade do assunto, uma vez que o conceito é bem mais amplo.
A revista escola traz o tema como as diversas formas, jeitos, maneiras que as pessoas buscam para obter ou expressar prazer. É basicamente a busca do prazer humano em suas diversas formas. A revista reforça que a idéia de prazer varia de pessoa para pessoa, levando em conta a realidade de cada indivíduo. “Quando uma pessoa está sentindo prazer, ela está vivenciando a sua sexualidade. A busca do prazer se dá de várias formas, em variadas circunstâncias”. 
Segundo PAPADOPOULOS (2009) no livro: O que os Homens dizem, o que as mulheres ouvem, a sexualidade é aprendida, diferentemente do sexo, o qual cada um tem o seu, masculino ou feminino. Para a autora a sexualidade depende do meio, ou seja, alguns valores são adquiridos pela influência, seja ela, da mídia, da sociedade, da família, da escola, dos amigos, entre outros.   
A autora reforça que a sexualidade é considerada uma parte importante de nossas personalidades. É moldada por nossa imagem corporal, nosso círculo social e nossa criação. Aspectos como o que deve nos excitar e o que constitui comportamento sexual são aprendidos. Eles são um produto do ambiente em que vivemos e das lições que aprendemos. Para aprender como e por que os homens e as mulheres abordam o sexo de maneiras diferentes, precisamos observar essa combinação de biologia e ambiente.
A sociedade tem o poder de referenciar princípios. O convívio familiar, principalmente, determina o tipo de comportamento, crenças, opiniões e até os gostos sexuais de cada um.
Desde a infância, a educação sobre sexualidade que se dá a meninos e meninas é diferente. À menina são restringidos e até mesmo proibidos determinados assuntos e comportamentos e ao menino também. Autoridade. Manda quem pode e obedece quem tem juízo. São determinados os papéis de cada um na sociedade e esses comportamentos refletirão na vida adulta, até mesmo na profissão.
Os brinquedos, os livros de história, os programas de televisão tendem a realçar a diferença entre feminino e masculino. Esse aprendizado se dá de forma inconsciente. Para a sociedade é natural ser assim e não é necessário se esforçar para tomar determinadas atitudes diante das crianças e dos adolescentes, ditando quais padrões devem ser seguidos e quais devem ser evitados.
O papel da família na formação do indivíduo como ser responsável e social é fundamental. Entretanto, quando se fala em sexualidade, é preciso ter cuidado, pois uma educação sexual normativa, rígida, imposta a todo custo pode gerar desvios de conduta, e deformação de caráter, de um lado para o preconceito, do outro, para a culpa.
É no convívio social que as pessoas aprendem comportamentos, crenças e até preconceitos e tabus relacionados à sexualidade. E é aí que se constrói sua própria identidade sexual. Os especialistas distinguem dez identidades sexuais entre os seres humanos. O homem heterossexual e a mulher heterossexual o gay e a lésbica, o homem bissexual e a mulher bissexual, o travesti homem e a travesti mulher e o homem transexual e a mulher transexual.
Subordinar a sexualidade à função reprodutora é, segundo Freud, "um critério demasiadamente limitado". Freud estende, assim, a noção de sexualidade para além da fronteira da genitalidade, e abre a possibilidade de outras apresentações do sexual que têm um lugar considerável no psiquismo humano.
Para uma compreensão melhor do tema sexualidade é preciso entender os diversos momentos e transformações causados pelas “fases” que são determinados pelas faixas caracterizadas pelo momento.
A sexualidade se acentua com o começo da puberdade. O novo período é marcado por diversos acontecimentos e posteriores descobrimentos: nos meninos, a primeira ejaculação, ou polução; nas meninas, a menstruação, ou menarca e, com as transformações que começam a ocorrer no corpo, tornam-se experiências que provocam intensas emoções, muitas vezes carregadas de angústia e culpa. Mas, ao mesmo tempo, tudo isso é muito desejado e motivo de orgulho, porque é marco e indicam a saída da infância.

Na puberdade, por volta dos doze anos, o ser humano passa a ser auto-erótico, ou seja, o adolescente é voltado para si mesmo, para seu corpo. “E o que prevalece aqui é a masturbação, que não vem acompanhada, necessariamente, de fantasias com um apelo sexual, mas uma atividade importante que proporciona um conhecimento do corpo e das sensações que provêm dele. É também um ensaio para a futura sexualidade heterossexual.

Além disso, pode ser usada como descarga de impulsos agressivos e válvula de escape para situações de tensão, frustração e conflito, possibilitando, assim, uma compensação ao sofrimento.

Nesse estágio, mesmo que em condições gerais favoráveis, o adolescente pode se sentir culpado com a prática masturbatória, uma vez que na sociedade, a prática ainda está vinculada a pecado, a sujeira e a diversos mitos. Porém nessa fase a masturbação, faz parte do desenvolvimento normal”. Sintomas como medos e fobias podem aparecer, uma vez que as transformações hormonais são enormes. Aparecem as constantes excitações.

Também as dores de estômago, de cabeça, as tonturas, roer unhas, gagueira, mexer no cabelo podem ser expressões de conflitos nessa área. Outras ainda são os medos de monstros, ladrões, ou bichos, que deixam o jovem muito assustado. Ao mesmo tempo, há uma atração especial pelos filmes de terror, porque sobre eles pode-se projetar todo o horror e pavor que a explosão da sexualidade e as transformações que estão ocorrendo provocam no adolescente.

Entrar em contato com o corpo modificado é algo que quase sempre causa desconforto e estranheza.

Os transtornos alimentares são outro exemplo de quadros que representam conflitos intensos em relação a essa questão.

A fase auto-erótica gradativamente vai se debelando, dando lugar a fase homossexual, antes de partir para uma sexualidade heterossexual. A relação de amizade com os amigos do mesmo sexo é uma forma de proteger-se do contato com o sexo oposto, que é muito desejado, mas muito temido também. É um momento em que vemos as amizades idealizadas, onde a escolha do amigo pode se basear naquela qualidade que o outro tem e que é muito admirada. Nas meninas, é freqüente a paixão por uma amiga ou por uma pessoa reconhecida como especial.

Por volta dos quinze anos, o jovem vai começando a definir, lentamente, sua inclinação sexual. Segundo especialistas nesse estágio a busca das relações adquire novos aspectos. “A masturbação ainda está presente, mas possuem características um pouco diferentes, pois já é acompanhada de fantasias com outras pessoas. O adolescente volta-se para o amor heterossexual, mas os contatos ainda são feitos sob o domínio do grupo”.

São notórios os entusiasmos platônicos, aqueles de quase não resistir. Aparecem sentimentos que são experimentados mais internamente do que na prática. As paixões.

Nessa fase os conflitos são acentuados, pois se existe uma atividade sexual, esta é comboiada, geralmente, de ejaculação precoce e uma confusão na forma de lidar com as relações. Em geral, os meninos, assim que conseguem realizar um ato sexual, tendem a espalhar a notícia, numa necessidade exibicionista, seguida de desprezo à parceira. Isso também é próprio de uma cultura que valoriza o machismo e fecha as possibilidades para uma imagem mais integrada e menos consumista do ser humano. Às meninas resta, muitas vezes, renderem-se a essa situação por falta de condições diferentes.

Aparecem vários apegos que para os meninos são extremamente atrativos. A pornografia, o álcool, as drogas, e as gangues também passam a ser alvo de interesse.

 As relações em grupo acontecem em meio a sentimentos intensos de ódio, inveja, competição e traição. Uma alternativa para ajudar o adolescente a canalizar parte dessa violenta carga de emoções é o acesso a atividades esportivas.

A criatividade se acentua, o desejo de ajudar, a sede pela justiça, os ideais aparecem, o apreço pelas melhorias de vida

Por outro lado, nessa fase, observa-se, também, um afloramento da criatividade, do otimismo, do desejo de justiça, de um idealismo, de buscar tudo que possa tornar a vida melhor. São qualidades que precisam ser acolhidas e aproveitadas pela família e pela sociedade no geral.

Essas qualidades devem ser aproveitadas e acolhidas pela família, amigos, professores e, enfim pela sociedade em geral. Nessa etapa a busca por parceiros se intensifica, aparecem os isolamentos dos grupos que eram habituais a freqüentarem, a reflexão, a benignidade, o cuidado com os objetos amorosos. Trata-se de uma necessidade tão grande, que, se não satisfeita, empurra o jovem para a solidão, um estado difícil para quem ainda não possui elementos suficientemente consistentes para tolerá-la ou superá-la.

A masturbação vai sendo substituída pela atividade sexual com um parceiro. Agora é preciso dos cuidados e posteriores acompanhamentos da família, uma vez que, estão no momento de fazer escolhas mais decisivas. A idealização nasce, embora minimizada.

A adolescência termina, ele sendo o personagem que busca a superação dos desafios, a busca pela identidade e liberdade, conquistas que dependem da renúncia aos pais da infância e do reconhecimento da sua individualidade. O que importa, nesse momento, é libertar-se do pai e abrir caminhos para a vida adulta.

 A adolescência é considerada uma fase tão cheia de modificações, em todos os sentidos, que foi considerada pelo psicanalista Maurício Knobel, uma síndrome, “a síndrome da adolescência normal”, onde são tratados como normais, nesse período, os transtornos, os conflitos e as ações atípicas, que em outros momentos da vida poderiam ser considerados patológicos.

O importante é reconhecer que, seja na adolescência, seja na fase adulta, a sexualidade constitui um enigma intríseco ao ser humano, individual, que contém formas de prazer diversas e únicas ao mesmo tempo, muitas vezes impossíveis de se conciliar e compreender, cabendo a cada um buscar suas próprias respostas para sua satisfação pessoal. Viver a sexualidade de forma plena é o desejo de cada ser humano, porém, isso só é possível, acima de tudo, conhecendo a si mesmo e aos valores que traz dentro de si.

REFERÊNCIAS: 

ABERASTURY, Arminda ; KNOBEL,  Mauricio. Adolescência Normal : Um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981.


FREUD, S. "O desenvolvimento da libido e as organizações sexuais", in Conferências Introdutórias sobre a psicanálise, E. S. B., 1976, XVI.
PAPADOPOULOS, Linda. O que os Homens dizem, o que as mulheres ouvem. Trad. M. Lopes.  São Paulo: Academia de Inteligência, 2009.
http://www.brasilescola.com/sexualidade/. Acessado em 04/09/2010. 12h:56min
Colaborador: Jarlene Morais
 

Deus não criou o universo?
Por: Fábio José Lima Freire
Estava pesquisando na internet quando me deparei com uma chamada para uma matéria que dizia o seguinte: Stephen Hawking: Deus não criou o universo.
Por conhecer os trabalhos envolvendo o cientista britânico Stephen Hawking, como a publicação do best-seller internacional "Uma breve história do tempo", de 1988 e as pesquisas envolvendo a gravidade, comecei a ler a matéria.
Hawking relata em seu novo livro que Deus não tem mais lugar nas teorias sobre a criação do universo, devido a uma série de avanços no campo da física. Para o cientista, o Big Bang foi simplesmente uma conseqüência da lei da gravidade.
"Por haver uma lei como a gravidade, o universo pode e irá criar a ele mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe pela qual nós existimos", escreve o célebre cientista em "The grand design", que será publicado em série no jornal The Times.
"Não é necessário que evoquemos Deus para iluminar as coisas e criar o universo", acrescenta.
Hawking se tornou mundialmente famoso com suas pesquisas, livros e documentários, apesar de sofrer desde os 21 anos de idade de uma doença motora degenerativa que o deixou dependente de uma cadeira de rodas e de um sintetizador de voz.
Em "Uma breve história do tempo", Hawking sugeria que a idéia de Deus ou de um ser divino não é necessariamente incompatível com a compreensão científica do universo.
Em seu mais recente trabalho, no entanto, Hawking cita a descoberta, feita em 1992, de um planeta que orbita uma estrela fora de nosso Sistema Solar, como um marco contra a crença de Isaac Newton de que o universo não poderia ter surgido do caos.
"Isso torna as coincidências de nossas condições planetárias - o único sol, a feliz combinação da distância entre o Sol e a Terra e a massa solar - bem menos importante, e bem menos convincentes, como evidência de que a Terra foi cuidadosamente projetada apenas para agradar aos seres humanos", afirma Hawking.
Pois bem, dizer que Deus não existe, até aceito como opinião de cientista ateu, mais daí colocar em xeque as evidências da existência do criador. O cientista é visto pela sociedade como o “dono da verdade”, passa a ser um formador de idéias e conseqüentemente manipulador da opinião pública.
A ciência está baseada nos fenômenos[1]. Dentro da área de ciência faz-se observações, Hipoteses, predições baseados nas hipoteses  e finalmente experiências. Os seres humanos em si observam a ciência dentro de determinados valores.  Chama-se elementos básicos observáveis pela sociedade:
1.  Todo cientista está correto
2.  Todo raciocinio cientifico está correto
3.  A evidencia é plena
4.  A teoria não tem dúvida
5.  E a probabilidade de acontecer é cem por cento.
Mero engano. Existe o cientista real. Aquele que usa a sua mente, fica bravo, erra, delira, se estressa pega suas teorias jogam no lixo e começa tudo de novo. Faz experiência e não funciona. Essa é a realidade de um cientista. Por que estou falando sobre isso? Muitas vezes coloca-se o cientista a altura de Deus. Aquilo que a ciência fala pra muitos tem muito valor como o que Deus fala.
Como os cientistas vão provar que Deus existe se Ele não é ciência? O principio básico da ciência seria a observação. Como ver Deus? A fé? Crer naquilo que não se vê? Bom, Deus vai ser Deus acreditando nele ou não. E mais, os conhecimentos experimentados e/ou mostrados pelos cientistas sobre o cosmos é muito inferior ao que se tem para se descobrir. Por exemplo: dizem que o ser humano é originado dos Chipanzés, ou seja, Chipanzés são nossos irmãos.
Vamos pensar um pouco: para análise comparativa entre as semelhanças entre homem e macaco foram analisados 97 genes (beta globine). Destes percebeu-se que existe 99,4% de semelhança entre  homem e macaco. Um número enorme de semelhanças, ou seja, apenas 0,6% de diferença. Um número alarmante. Somos realmente semelhantes ao macaco?
Vamos pesquisar mais um pouco.  O ser humano possui de 30.000 a 40.000 genes para serem analisados. Só foram analisados 97 genes.
Como a maior parte do material genético é duplicada vamos pegar a menor quantidade de genes duplicados, ou seja, 30000 e dividir na metade.  Supondo que a metade dos genes não duplicados seja de 15000.
Fazendo uma regra de três simples. 97 genes de 15000 genes terão 0,65% de todo material genético humano é semelhante ao do macaco.
Se em todo o material genético analisado há uma diferença de 0,65%, em 100% dos genes a diferença seria de 92,3%. É por isso que nós casamos com uma mulher e não com o Chipanzé.
Podemos citar inúmeras evidencias pra pensar que Deus existe. Para finalizar vou mostrar duas teorias muito práticas sobre a idéia.
A teoria chama-se teoria do bolo de chocolate.
A idéia é a seguinte: Sai-se de casa não tem bolo de chocolate. Quando retorna a casa encontra-se um bolo de chocolate. Alguma coisa aconteceu pra o bolo chegar à sua casa. O que aconteceu para o bolo está ali? Um espetáculo na natureza? Vamos ver.
A primeira Idéia: Alguém que sabe fazer bolo de chocolate pegou todos os ingredientes necessários na dispensa. Colocou os ingredientes na ordem certa e quantidade certa no recipiente. Misturou. Colocou dentro de uma forma. Levou ao forno. Deixou por certo tempo. Deixou assar. Está feito o bolo de chocolate. Colocou em cima da mesa.
A segunda Idéia: Havia um caminhão de supermercado fazendo entrega passando perto da sua casa. No momento que ele estava quase em frente a sua casa, um menino atravessou correndo a frente do caminhão.  O motorista tentou parar o caminhão, pisou no freio perdeu o controle começou a capotar. Lá atrás do caminhão havia sacos de farinha, saco de açúcar, sacos de tudo que você puder pensar. E os sacos de farinha se romperam. Os sacos de açúcar também.  Latinha de Nescau abriu. Enfim um caos lá atrás. Havia um recipiente pendurado no caminhão e esse recipiente sofreu uma pancada, uma vez que o caminhão estava capotando, rachou-se em duas partes, e em uma das partes que caiu, começaram a cair seqüencialmente os ingredientes do bolo de chocolate. Um pouquinho de farinha, depois um pouquinho de sal, um pouquinho de açúcar. Caiu também um pouquinho de leite, ovos sem casca. E o caminhão chacoalhando todo. Misturou-se toda a massa e o caminhão parou de capotar e pegou fogo. Um grande incêndio. Acionando o corpo de bombeiro, apagaram o incêndio. No meio dos escrombos encontraram um bolo de chocolate.
Uma teoria diz que alguém fez o bolo de chocolate e a outra defende que o bolo de chocolate foi feito por processos naturais e espontâneos (big Bang).
Bom, se falar pra uma pessoa qualquer, como o bolo de chocolate teria sido feito, baseado nas duas idéias, a segunda idéia seria motivo de riso. “Esse cara é louco”. Custamos a acreditar em tal fato. Mas pode acontecer?
É bem mais confortável acreditar na primeira idéia. Um ser que sabe construir produziu o universo perfeito e acabado. Deus criador do céu e da terra. De acordo com o físico Isaac Newton, que além de cientista, era também estudioso da bíblia “O universo é igual ao que está narrado em Genesis 1”.
O universo pode até ter sido gerado do nada como fala as teorias de Hawking. Mas quem ligou o botão pra tudo isso acontecer? Só existia um ser capaz de fazer isso.
Origens e conhecimentos vêm da fonte. Não compre a idéia pronta. Olhem, pesquisem, estudem e debatam. Tomem cuidado. O conhecimento é irresistível.


1 É um acontecimento observável, particularmente algo especial (literalmente "algo que pode ser visto", derivado da palavra grega phainomenon = "observável") como, por exemplo, na área da física, como feito por Galileu  Galilei. Outros exemplos de fenômenos: (a) Estalagmites - são formações que crescem a partir do chão de uma gruta  ou caverna que vão em direção ao teto, formadas pela deposição (precipitação) de carboanato de cálcio arrastado pela água que goteja do teto (b) gran Kenel.


REFERÊNCIAS: 
DE VOLTA AOS PRICÍPIOS DA CRIAÇÃO – POR ADAUTO LOURENÇO


Por que nos apaixonamos?





Por: Fábio Freire

Se existe algo que não combina com ciência, matemática e laboratórios, essa coisa é a paixão. Os psicólogos, antropólogos, sociólogos e historiadores tentam desvendar os mistérios e os suspiros dos amantes. Entre outras coisas, a evolução humana, mudanças sociais e até o funcionamento do cérebro são temas pertinentes quando se estuda o termo paixão.

Podemos encontrar uma paixão em qualquer lugar, até no trabalho. De repente alguém nos parece muito mais interessante que os outros. É um estado de puro êxtase no qual desejaríamos ficar mergulhados para sempre. Porém, segundo a sexóloga Maria Helena Matarazzo, as paixões duram apenas de dezoito a trinta meses. “Ninguém pode viver permanentemente em estado de paixão. O corpo e a mente humanos não suportariam por tempo indefinido esse clima de constante expectativa, de enorme antecipação”, explica. Há uma ansiedade, um apego, uma obsessão que acabam aprisionando o apaixonado, e que, em longo prazo, acabaria prejudicando o indivíduo. 

A paixão provoca reações perceptíveis no nosso corpo: a pupila pode dilatar-se até 30% quando se vê a pessoa amada. A respiração aumenta, até mais 30 ciclos por minuto quando os apaixonados estão perto um do outro, além de produzirem mais timina, uma substância que eleva os estados de ânimo e bom humor. Os reflexos são muito mais rápidos, graças a um aumento da adrenalina. O organismo fica assim em permanente estado de alerta, sempre pronto a responder a um estímulo exterior. Os estímulos contínuos a que o corpo é submetido levam a um emagrecimento. Além disso, as sensações de fome são reduzidas, existindo assim uma diminuição do apetite. A atividade cerebral aumenta, sendo segregadas substâncias que causam estados de prazer.

O aumento de adrenalina e de endorfinas bloqueia a entrada de estímulos dolorosos, existindo menos probabilidades de sofrer dores. O ritmo cardíaco também aumenta, alcançando 100 pulsações por minutos apenas por estar perto do apaixonado. Estar apaixonado torna as pessoas preparadas para realizar qualquer movimento sem dificuldade, além de tornar a recuperação após o esforço mais rápida. A sensação geral de bem-estar melhora o funcionamento do sistema imunológico. De forma geral, sofre-se menos doenças infecciosas, graças à atividade mais intensa dos glóbulos brancos.

A antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, diz que o modo como a paixão é vista nas diferentes sociedades é a chave para se entender mecanismos como liberdade, poder e submissão feminina. Para outro renomado estudioso do tema, o sociólogo italiano Francesco Alberoni, a paixão entre duas pessoas é feita do mesmo combustível que move as grandes revoluções. Entendê-la seria um passo importante na compreensão dos movimentos de massa. E o psiquiatra James Leckman, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, acha que a maneira como as pessoas lidam com a paixão é um indicador de saúde mental.

O médico Dráuzio Varela, embasado nos sentidos do ser humano, fala que a atração sexual pode ser um fenômeno físico, químico ou social, mas boa parte dela depende da biologia. “Usamos os olhos para escolher nossos parceiros, mas o olhar não é tudo. A atração depende do olfato. Podemos encontrar o amor em qualquer lugar, até no trabalho. De repente alguém nos parece muito mais interessante que os outros”.

Os românticos dizem que estar apaixonado é um capricho do coração. Mas na verdade, segundo o médico, o segredo da paixão se encontra guardado no interior. Lá no fundo do nosso nariz. Ele relata que os nervos olfativos fazem mais do que reconhecer o cheiro dos ambientes. Sem percebermos eles analisam as características de uma substância química liberada com o suor das pessoas que nos cercam: os feromônios. 

Por incrível que pareça, os feromônios carregam informações detalhadas sobre nossa genética, saúde e capacidade de resistência a doenças. O cheiro que o corpo exala naturalmente serve como um filtro na escolha do parceiro ideal. Os genes responsáveis por essa interação é chamado de Complexo de Histocompatibilidade (MHC, sigla em inglês). O MHC também está presente na saliva, por isso, os beijos trocados entre homens e mulheres, podem atuar como um teste de compatibilidade.

Na hora da paquera os feromônios analisam esses sinais para ajudar a escolher a pessoa com os melhores genes. Genes que aumentem a chances de sobrevivência dos filhos que estarão por vir.

Apaixonar-se é muito mais que viver emoções intensas, a paixão é química. Quando avistamos a pessoa querida, liberamos adrenalina na circulação. Por trás de um olhar apaixonado há sempre uma descarga de adrenalina.

O coração bate descompassado, perdemos o sono. Há medida que a relação avança e nos arrebata, entra em cena a dopamina um neurotransmissor que nos trás sensação de bem estar conta o especialista. “A dopamina é tão potente quanto a cocaína. Ela nos leva a euforia e causa dependência. Queremos ficar cada vez mais perto da pessoa amada. Naturalmente depois de um tempo juntos pensamos em atingir os estágios mais profundos da relação amorosa: compromisso, casamento e quem sabe filhos”.

Uma pesquisa recente da psiquiatra italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa, mostrou que diversas substâncias cerebrais são liberadas quando estamos apaixonados, o que ajuda a explicar, do ponto de vista químico, as noites mal dormidas e a perda de apetite. É tudo culpa de estimulantes naturais como a dopamina e a norepinefrina, produzidas em quantidades maiores que o usual por quem se apaixona. Essas substâncias são as mesmas utilizadas em moderadores de apetite.

O fato é que a paixão ainda é um mistério para os cientistas. Na tentativa de explicá-la, alguns pesquisadores estão realizando estudos para saber se a paixão tem ligação com a genética. Eles defendem que a atração romântica e sexual é despertada pela beleza, mas também por outros fatores de maior complexidade. Assim, os cinco sentidos, o sistema hormonal e a predisposição genética também estariam envolvidos na escolha do parceiro ideal. Na verdade, para os mais românticos, tentar explicar a paixão seria perder a sua essência, visto que o mais importante é senti-la. Quem desejaria entender suas causas, efeitos e conseqüências no auge de uma paixão?

Mas e o que acontece ao final desse tempo, desse prazo para a paixão se acabar? Ela simplesmente acaba. 

Há a morte da relação ou pode ocorrer uma mudança. O que era euforia, ansiedade, se transforma em amor. 

Nesse estágio, “queremos ficar cada vez mais perto da pessoa amada. Naturalmente, depois de um tempo juntos pensamos em atingir os estágios mais profundos da relação amorosa: compromisso, casamento e quem sabe filhos”, acrescenta Dráuzio.

Apostamos no relacionamento para durar a vida inteira. E quem diria, até nossas futuras bodas de ouro depende de substâncias químicas. O relacionamento íntimo e duradouro só existirá se a química for favorável. Sexo não é apenas uma fonte de prazer ou um meio de ter filhos. Sexo causa encantamento e reforça a ligação entre os amantes.

Durante o orgasmo, segundo Dráuzio Varela, nossa hipófise inunda a circulação com ocitosina. Hormônio que estreita laços afetivos. É o mesmo hormônio que liga o bebê a mãe. Quanto mais sexo, mais ocitosina e mais ligado à outra pessoa nos sentimos.

Segundo os antropólogos, é o hormônio que mantém pai e mãe unidos enquanto criam os filhos. União importante para garantir a sobrevivência das crianças. Sem ela a espécie humana não teria chegado aos dias atuais. É incrível a mecânica e a eletrização do corpo. Enfim se apaixone a vontade.

REFERÊNCIAS: