sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como a Fênix

Por Fábio Freire.

Há momentos na vida onde a situação parece ser tão pesada que a escuridão domina a visão. Esse estado torna os objetos incolores quase esmaecidos, as formas ficam sem contornos definidos, perdemos o apetite por alimento e pela vida...


Onde não encontramos nada para preencher o vazio. Como um forte imã as lacunas direcionam os pensamentos  para as angústias que corrompem nossa alma. A sensação de impotência e decepção que vem lá de dentro, parecendo habitar no amago da alma. Se fossemos ao médico e ele perguntasse: onde está doendo? Responderíamos com o rosto abatido: “Está doendo bem lá dentro, onde os medicamentos não podem alcançar”.


O estado é de solidão e os nossos olhos veem no infinito o trajeto mais atraente, uma vez que nada parece ter sentido. Passamos pelo complexo baixo astral que nos domina e, consequentemente vem o desânimo.  Provações que precisamos conviver? Como submergir diante de tantos problemas?


Achamo-nos a pior das criaturas. Nossas ações parecem não contribuir em nada, desejamos sair do processo por está cheio de medo e com a visão de está sempre retrocedendo. Estamos machucados e deprimidos. Eu não sou capaz! Cansei de lutar!


Com o julgamento cruel nos crucificamos mensurando falta de talento (patinho feio) e chegamos absurdamente a querer não ter nascido.


Mesmo sendo a máquina mais complexa já criada no universo, chamados seres pensante, enfraquecemos, nos submetendo ao rol de pensamentos ruins que só arrasa nossas estruturas psicológicas. O maior sistema de telecomunicação já visto parece simples, frágil, domável e previsível.


O estado de reflexão é declarável no semblante, o conjunto facial juntamente com os olhos revelam como está por dentro. Rendido aos seus pensamentos navegando na tristeza, no sentimento de incapacidade, na solidão, nas indecisões, na infelicidade...


No entanto, precisamos bater a poeira, observar que não existe situação perfeita e, assim cuidar do renascimento espiritual. Fazer como a Fênix que mesmo sem racionar sabe que é preciso agir assim: a Fênix quando morria (falo aqui de esperanças e perspectivas de vida), passado algum tempo (momento para baixar a poeira e refletir), renascia das próprias cinzas (recomeçar). Outra característica da Fênix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes (garra e coragem para enfrentar a vida). Sendo uma ave de fogo (queimando tudo que é ruim).


Na vida há muito mais que isso, não devemos ficar navegando no universo dos pensamentos ruins, afinal eles são fortes e podem nos consumir.


Devemos olhar para os potenciais que podem ser explorados, sempre há uma razão de ser. Se estamos passando por um momento ruim é porque precisamos aprender e, principalmente modificar a forma para ser melhor lapidado. Um diamante ao ser encontrado na natureza é depreciável. Porém quando se lapida (retirando material em forma de atrito) ele se transforma na brilhante e poderosa pérola que é.


Sendo assim precisamos superar nossas adversidades e olhar para frente. Afinal os retrovisores são menores que o parabrisas pelo o simples fato de servir para referência, não servindo para tanto de guia. A guia é formada pelo parabrisas. Pensando nisso devemos olhar para o passado, para referenciar o presente e, assim construir o nosso futuro.


Nascemos para crescer, ser feliz, ter paz de espirito e, principalmente servir ao próximo. Vivemos em um lugar único e magnífico e temos que aproveitar cada instante que respiramos (Carpe Diem). Claro sem maltratar nem atrapalhar a vida de ninguém. Mas sim, com a visão construtivista. Se não conseguir ajudar de uma forma busque outros fatores para melhorar a sua vida e a do próximo.


Precisamos encher nossos pensamentos de preenchimentos que possam trazer esperanças, derramando no nosso ser o poder de superação e, assim ressuscitando as forças para continuar. Liberte-se das prisões e possíveis obstáculos que venham porventura atrapalhar sua felicidade. Afinal, você nasceu para ser feliz e só depende de você. Não devemos buscar felicidade em coisas, pessoas, empregos, valores externos, mas sim dentro de nós. Devemos entender nossos desejos e objetivos e assim construir da forma que necessitamos... Ser feliz depende de nós.


A cada momento das nossas vidas devemos ser como a Fênix para buscar vida longa; reestruturar a vida superando cada obstáculo que fatalmente surja, entendendo que é preciso superar rapidamente; renascer das próprias cinzas quando as situações indicarem que não dá mais para tentar e; transformar as adversidades em combustíveis para buscar a realização pessoal, profissional e espiritual própria e da sociedade coletiva.


Levante, construa sempre coisas boas, faça amigos por onde passar deixando sempre as portas abertas para possíveis voltas, lute com garra e determinação, não desanime nunca, viver é romper fronteiras e superar obstáculos... “Renasça das cinzas, seja como a Fênix”.