quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Para eu ou para mim?

Usamos o pronome do caso reto (eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as)) quando nos referimos ao sujeito da oração. Já os pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, ele (a), nós, vós, eles (as)) fazem papel de objeto e surgem após preposição: para mim, de mim, por mim, e assim por diante.

Veja um exemplo:
a)    Ela trouxe o presente para eu desembrulhar.
b)    Ela trouxe o presente para mim.

Observe que na primeira oração temos duas orações: Ela trouxe o presente/para/ eu desembrulhar. “Eu” aqui é sujeito do verbo “desembrulhar”.
Já na segunda oração, “mim” é complemento e, portanto, objeto indireto (uma vez que vem depois da preposição).

Na dúvida sempre faça uma pergunta ao verbo: se a resposta tiver um sujeito, então é pronome do caso reto, caso contrário, será objeto. Observe:
a)    Ela trouxe o presente: quem trouxe? Ela.
b)    Para eu desembrulhar: quem desembrulhar? Eu.

A lógica é simples: Geralmente, quando há dois verbos, também haverá dois sujeitos.

Outros exemplos: 

a)    Se for para eu ficar, então ficarei! (ficar -> sujeito eu; ficarei-> sujeito eu)
b)    Ele disse para eu ficar. (disse -> sujeito ele; ficar-> sujeito eu)
c)    Ele não disse nada para mim. (disse-> sujeito ele; objeto indireto-> para mim)
d)    Para mim, ele está fazendo de conta que não sabe de nada. (fazendo-> sujeito ele; sabe-> sujeito ele; para mim -> objeto indireto).

Atenção: Verifique se há preposição + pronome + verbo porque, neste caso, o pronome em questão será do caso reto. Se houver preposição + pronome, sem o verbo, então, já sabe, caso oblíquo!.